Sempre me perguntei por que a salsa e a cebolinha eram vendidas juntas, em dupla, como um verdadeiro casal onde um complementa o outro. E foi pensando nisso que me veio a ideia de que eles deveriam mesmo ser complementares pois afinal a natureza não dá ponto sem nó, não é mesmo? Bom, o termo cheiro verde veio da mistura das ervas de cheiro, perfeitas para o bom tempero, realçam sabor e colorem os pratos.
Os temperos naturais verdes ativam as funções orgânicas, colocando a nossa máquina para trabalhar da forma mais correta. Esse amarradinho é super versátil e vai bem com todos os pratos nacionais.
A cebolinha veio do Oriente enquanto seu par veio da Europa, tem folhas compridas e finas e a outra folhas pequenas e recortadas, reforçando a antiga tese de que os opostos se atraem.
Rica em substâncias pró-vitamina A, da família dos carotenoides, como a alfa criptoxantina e o alfa caroteno, a Salsinha traz também na sua composição vitaminas do complexo B, mas que em sua maioria se decompõem no calor. Mais que isso, ela é rica em potássio, zinco e vitamina C (100g dela contém praticamente a mesma quantidade de vitamina C que em 100g de laranja – mas 100g de salsinha é bastante coisa!).
Já a Cebolinha apresentou, segundo estudo realizado com hortaliças brasileiras, uma efetiva capacidade redutora de radicais livres, mais conhecida como ação antioxidante. As quantidades de vitamina também aparecem em destaque, fazendo frente a algumas frutas cítricas.
Em algumas regiões do Brasil, a salsinha é substituída pelo coentro. Então se quiser o tradicional cheiro verde, olhe antes se está composto pela salsa e a cebolinha.
NEPA-UNICAMP.- Versão III. – 4ª ed.
NEPA-UNICAMP, Campinas, SP: 33-35, 2011.