Na mitologia grega, essa erva ficou marcada como o símbolo da hospitalidade, trazendo perfume e limpeza as casas.
Na medicina popular, a hortelã é uma erva muito usada, principalmente pelo frescor que ela leva a qualquer alimento e suas propriedades digestivas. A dobradinha “Abacaxi com hortelã” é extremamente benéfica à digestão alimentar. O abacaxi contribui com suas enzimas digestivas naturais e a erva refrescante com suas propriedades que estimulam a ação do suco digestivo gástrico (o ácido clorídrico).
A hortelã é rica em substâncias flavonoides, em colina, e principalmente em óleos essenciais. Os principais constituintes aromáticos dessa planta são pulegona, mentona, limoneno, óxido piperitenona e óxido piperitone, entre outros. Eles parecem exercer uma potente ação anti microbiana, o que explica o sucesso de infusões de hortelã, em bronquites e resfriados.
Segundo estudos que analisaram a hortelã como experimentos em ratos, ela apresentou diversidade em ações medicinais, confirmado a razão do uso dessa erva ser tão popular.
Por fim, uma curiosidade. A hortelã, como outras fontes de óleos vegetais tais quais a Lima, a Laranja, o Cravo, e a Citronela, são muito utilizados para a produção de perfumes, aromas e fragrâncias. Nosso país tem lugar de destaque na produção de óleos essenciais, ao lado da Índia, Chia e Indonésia, que juntos são considerados os quatro grandes produtores mundiais.
Água aromatizada:
1. Em uma jarra transparente (para ficar mostrar a beleza da água), coloque as rodelas de abacaxi, os ramos de hortelã, e acrescente bastante gelo.
2. Deixe o sabor passar para a água por 30 minutos pelo menos, para servir.
INÁCIA SÁTIRO XAVIER DE FRANÇA, JEOVÁ ALVES DE SOUZA, ROSILENE SANTOS BAPTISTA, VIRGÍNIA ROSSANA DE SOUSA BRITTO
Universidade Estadual da Paraíba, Departamento de Enfermagem. Campina Grande, PB. Rev Bras Enferm, Brasília 2008 mar-abr; 61(2): 201-8
HERNANI PINTO DE LEMOS JÚNIOR, ANDRÉ LUIS ALVES DE LEMOS
Disciplina de Medicina de Urgência e Medicina Baseada em Evidências da Universidade Federal de São Paulo — Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), Centro Cochrane do Brasil
Diagn Tratamento. 2012;17(3):115-7
HUMBERTO R. BIZZO, ANA MARIA C. HOVELL E CLAUDIA M. REZENDEInstituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 21945-970 Rio de Janeiro – RJ, Brasil
Quim. Nova, Vol. 32, No. 3, 588-594, 2009